O encontro de duas personalidades
assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre,
ambos sofrem uma transformação.
Olá leitores do blog, o
texto de hoje é para refletirmos um pouco sobre amor, terapia de casal e
sofrimento humano.
Amar dói, como diz a
música?E se dói, por quê?
Estive em outubro de 2017 em
um evento sobre ÉTICA E AMOR na universidade Unip em SÃO PAULO e pude ouvir
vários profissionais discorrendo sobre o tema, mas vou separar algumas
reflexões importantes para vocês e já aviso que neste assunto, meu teórico
preferido é o Jung e seus seguidores.
Nós sempre tendemos a nos
apaixonar pelo oposto, posso dar vários exemplos para vocês, mas o mais comum
seria o binômio homem/mulher, homem maduro/mulher jovem, extrovertido com
introvertido, gordinho com magra, etc...
O desejo sempre existe em
algo que nos falta, e isso explica nosso procura pelo oposto.A relação sexual é
uma tentativa se nos aproximar do que nos falta, e quando nao falta mais, já
não desejamos.
Por isso, o amor platônico
pode parecer tão legal, às vezes.Nuncas se realiza, logo nunca acaba.
E porque acontecem os
conflitos nos relacionamentos?Claro, temos que levar em considerações as
mudanças sociais que estamos vivendo, questões específicas de cada casal, mas
de maneira geral, desejamos o oposto, porém estar perto do diferente incomoda
muito.A quem?
Aí entra na nossa conversa o
famoso EGO, nosso sentido de eu, a personalidade que construímos, algo qme nós
aspira pela expansão pelo crescimento, pelo diferente,mas o EGO, este não gosta
de muita mudança não, ele gosta de estabilidade, gosta de espelhos, ele precisa
de auto-afirmar, é o papel dele, manter a estabilidade entre os desejos e as
nossos limites.
É, não é um trabalho fácil,
o dele.
Mas enfim, Jung diria que o
SELF é esta parte de nossa psique que é ampla, sábia, central, que busca pela
expansão, pelo crescimento, pela sabedoria.
Então algo que nós busca
pelo crescimento, por aprender e conviver com o diferente, e o nosso EGO, se
incomoda, porque se você se questionar muito você pode acabar precisando criar
uma instabilidade, e isso, é problema pra ele.
O EGO, ou Eu, se tornou uma
palvra muto batida, e dizem por aí que devemos detruir o EGO, se tornou uma
palavra correlata ao egoísmo, mas não, o EGO É NECESSÁRIO.
Porém sim, às precisamos
deixar que ele se incomode,e suporte o diferente, senão, não haverá crescimento
e não haverá relacionamento profundo possível.
Conhece alguém que se
apaixonou pela pessoa e depois ficou tentando muda-la?Pois bem,isso é demanda
do nosso querido EGO, que não vê nada além de si além de espelhos(lembra do
mito de NARCISO)?
Mas é claro que os conflitos
devem ser mediados, primeiro em nós mesmos, depois com nossos parceiros e
talvez seja necessária a juda de um profissional.
Eu indico a leitura do livro
COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA, pois nos ajuda muito a nos comunicarmos sem
ofendermos nosso parceiro.
Só amor não é o
bastante.Precisamos de respeito, segurança, desejo e algum equilíbrio e
previsibilidade também.Coisas em comum e coisas diferentes, para ter
crescimento mútuo.
O amor se consome em si, os
valores mudam, as pessoas mudam.O desejo acaba.E dói, dói sim.Mas passa e vem
no horizonte um novo amor, novas aventuras, com o mesmo parceiro, ou com um
novo.
O amor romântico é o
principal complexo ativo em nossa cultura.Quase toda a produção artística,
trata deste tema.
É muito importante
respeitarmos e sermos gratos aos relacionamentos que findaram, pois a morte faz
parte da vida e não é culpa de ninguém.
1 comentários:
Ainda há quem diga que se dói por amor então não era amor... Dá-se então o pensamento de Friedrich Nietzsche que todo amor egoísta... Confuso... E quem disse que amar não é comfuso... Rsrs
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