quinta-feira, 22 de março de 2018

Love Hurts ?



O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação.


Olá leitores do blog, o texto de hoje é para refletirmos um pouco sobre amor, terapia de casal e sofrimento humano.
Amar dói, como diz a música?E se dói, por quê?
Estive em outubro de 2017 em um evento sobre ÉTICA E AMOR na universidade Unip em SÃO PAULO e pude ouvir vários profissionais discorrendo sobre o tema, mas vou separar algumas reflexões importantes para vocês e já aviso que neste assunto, meu teórico preferido é o Jung e seus seguidores.
Nós sempre tendemos a nos apaixonar pelo oposto, posso dar vários exemplos para vocês, mas o mais comum seria o binômio homem/mulher, homem maduro/mulher jovem, extrovertido com introvertido, gordinho com magra, etc...
O desejo sempre existe em algo que nos falta, e isso explica nosso procura pelo oposto.A relação sexual é uma tentativa se nos aproximar do que nos falta, e quando nao falta mais, já não desejamos.
Por isso, o amor platônico pode parecer tão legal, às vezes.Nuncas se realiza, logo nunca acaba.
E porque acontecem os conflitos nos relacionamentos?Claro, temos que levar em considerações as mudanças sociais que estamos vivendo, questões específicas de cada casal, mas de maneira geral, desejamos o oposto, porém estar perto do diferente incomoda muito.A quem?
Aí entra na nossa conversa o famoso EGO, nosso sentido de eu, a personalidade que construímos, algo qme nós aspira pela expansão pelo crescimento, pelo diferente,mas o EGO, este não gosta de muita mudança não, ele gosta de estabilidade, gosta de espelhos, ele precisa de auto-afirmar, é o papel dele, manter a estabilidade entre os desejos e as nossos limites.
É, não é um trabalho fácil, o dele.
Mas enfim, Jung diria que o SELF é esta parte de nossa psique que é ampla, sábia, central, que busca pela expansão, pelo crescimento, pela sabedoria.
Então algo que nós busca pelo crescimento, por aprender e conviver com o diferente, e o nosso EGO, se incomoda, porque se você se questionar muito você pode acabar precisando criar uma instabilidade, e isso, é problema pra ele.
O EGO, ou Eu, se tornou uma palvra muto batida, e dizem por aí que devemos detruir o EGO, se tornou uma palavra correlata ao egoísmo, mas não, o EGO É NECESSÁRIO.
Porém sim, às precisamos deixar que ele se incomode,e suporte o diferente, senão, não haverá crescimento e não haverá relacionamento profundo possível.
Conhece alguém que se apaixonou pela pessoa e depois ficou tentando muda-la?Pois bem,isso é demanda do nosso querido EGO, que não vê nada além de si além de espelhos(lembra do mito de NARCISO)?
Mas é claro que os conflitos devem ser mediados, primeiro em nós mesmos, depois com nossos parceiros e talvez seja necessária a juda de um profissional.
Eu indico a leitura do livro COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA, pois nos ajuda muito a nos comunicarmos sem ofendermos nosso parceiro.
Só amor não é o bastante.Precisamos de respeito, segurança, desejo e algum equilíbrio e previsibilidade também.Coisas em comum e coisas diferentes, para ter crescimento mútuo.
O amor se consome em si, os valores mudam, as pessoas mudam.O desejo acaba.E dói, dói sim.Mas passa e vem no horizonte um novo amor, novas aventuras, com o mesmo parceiro, ou com um novo.
O amor romântico é o principal complexo ativo em nossa cultura.Quase toda a produção artística, trata deste tema.
É muito importante respeitarmos e sermos gratos aos relacionamentos que findaram, pois a morte faz parte da vida e não é culpa de ninguém.

1 comentários:

Unknown disse...

Ainda há quem diga que se dói por amor então não era amor... Dá-se então o pensamento de Friedrich Nietzsche que todo amor egoísta... Confuso... E quem disse que amar não é comfuso... Rsrs